Ela já nasceu com seis anos de idade e está completando 50
anos em 2012.
Criada por Joaquin Salvador Lavado, o cartunista Quino,
Mafalda surgiu em 15 de março de 1962 para um anúncio de máquina de lavar
roupas que seria publicado no jornal Clarin, de Buenos Aires. O anúncio não
chegou a ser publicado.
Somente em setembro de 1964, as tirinhas da personagem
começaram a ser publicadas na revista semanal Primera Plana. De 1964 a 1973, as
tirinhas foram publicadas na Primera Plana, El Mundo e Slete Dias Illustrados.
Ao todo foram 1928 tirinhas publicadas em mais de 20 idiomas, várias delas
ainda saem em jornais e revistas pelo mundo afora.
Em 1973, Quino encerrou a personagem por “esgotamento de
idéias”.
Considerada uma personagem simpática e atrevida, de
personalidade forte, Mafalda conquistou a Europa e a América Latina.
Mafalda odeia a injustiça, a guerra, o racismo, as
convenções adultas. É uma menina que se espanta diante do mundo, não aceita “as
normalidades e obviedades” da realidade cotidiana, seus comentários são
irônicos, ácidos e sutis.
Nas tirinhas Mafalda está acompanhada de seus amigos Filipe,
Susanita, Miguelito e Manolito, e de seu irmão Guille.
Mafalda ama os Beatles e o desenho do Picapau, e odeia sopa.
Já foi comparada a Charlie Brown, de Charles Schulz,
especialmente por Umberto Eco, que via nos dois um temperamento triste e suave,
porém Umberto a descrevia como “uma heroína raivosa que rejeita o mundo como
ele é, reivindicando o direito de continuar sendo uma menina que não quer se
responsabilizar por um universo adulterado pelos pais”.
Em 2009, foi inaugurada uma estátua da Mafalda, sentada num
banco de praça, no bairro San Telmo, que é conhecido pela boemia e por ter sido
moradia da classe mais alta de Buenos Aires nos séculos passados e já se
transformou em atração turística.
Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS em 17/08/2012
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