Encontros,
desencontros. Um pai e um filho, dois artistas, dois sucessos. Um nascido no
sertão nordestino, o outro, carioca do Morro de São Carlos; um de direita, o
outro, de esquerda. Esta é a história de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha,
recentemente contada no filme de Breno Silveira, que tem estréia prevista para
26 de outubro e foi escolhida para a abertura do Festival do Rio no próximo dia
27, no Centro Cultural João Nogueira.
Com o roteiro baseado
no livro Gonzaguinha e Gonzagão – Uma História Brasileira, de Regina
Echeverria, autora de livros como Furacão Elis, Cazuza - Só as Mães são
Felizes, Cazuza - Preciso Dizer que te amo, Verger, Um Retrato em Preto e
Branco, Mãe Menininha do Gantois e Sarney, a Biografia, o filme conta uma história
de um amor que venceu o medo e o preconceito e resistiu à distância e ao
esquecimento.
O filme é uma
homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga, que conta ainda com o relançamento de
58 discos gravados pelo Rei do Baião durante toda a sua carreira.
Gonzaga de Pai para
Filho é a história de Luiz Gonzaga vista pelo olhar de Gonzaguinha.
Breno Silveira volta
a filmar uma biografia depois do sucesso de 2 Filhos de Francisco, quando
recebeu das pesquisadoras Maria Raquel e Marcia Braga uma caixa de fitas
cassetes com várias entrevistas de Gonzaguinha, onde ele contava a frustração
de ter sido abandonado pelo pai em uma favela do Rio de Janeiro. Eram como cão
e gato, mas se perdoaram, fizeram a turnê Vida do Viajante e morreram pouco
tempo depois.
Curiosidades:
Asa Branca de Luiz
Gonzaga é uma das músicas mais conhecidas do Brasil, perdendo apenas para
Carinhoso, de Pixinguinha. Gilberto Gil, Tom Zé, Elis Regina e Lulu Santos
foram alguns cantores que gravaram Asa Branca, existindo até uma gravação em
inglês cantada por Raul Seixas.
A música Grito de
Alerta, de Gonzaguinha, surgiu de um caso amoroso que o cantor Agnaldo Timóteo
teve com um homem. Ele confidenciou o caso a Gonzaguinha. Algum tempo depois a
música fazia sucesso nas rádios e Timóteo, bem humorado, chamou o amigo e
disse:
“-Puxa vida,
Gonzaguinha, eu te conto uma história da minha cama e você dá a música pra
Bethânia gravar?”
Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS em 21/09/2012
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