sábado, 20 de outubro de 2012

UM SÉCULO DE PAULO GRACINDO – O BEM AMADO


Lançado no dia 16 de outubro, o livro Um Século de Paulo Gracindo - O Bem Amado é uma homenagem do filho do ator, o também ator Gracindo Junior, em parceria com o teledramaturgo Mauro Alencar, a um dos artistas mais populares que o Brasil já teve.
Paulo começou sua carreira nas maiores companhias de teatro dos anos de 1930 e 1940, e foi locutor e apresentador de diversos programas musicais na época de ouro da Rádio Nacional.
Foi nas ondas do rádio que ele viveu Alberto Limonta, na novela O Direito de Nascer, um clássico da dramaturgia. Também na Rádio Nacional, Paulo fazia parte do elenco do programa Balança Mas Não Cai. Quando o programa foi para a televisão, o quadro Primo Pobre, Primo Rico (Paulo era o primo rico), fez o mesmo sucesso que fazia no rádio.
Na primeira versão de Gabriela, Paulo viveu o Coronel Ramiro Bastos, papel que Antonio Fagundes vive na montagem atual.
Foram muitos personagens vividos por Paulo Gracindo na TV. Todos inesquecíveis.
O primeiro papel de destaque foi o bicheiro Tucão, na novela Bandeira Dois. Em O Casarão Gracindo Junior e o pai viveram João Maciel, com 20 e 50 anos, respectivamente. Outro destaque foi o Padre Hipólito, de Roque Santeiro.
Mas foi como Odorico Paraguaçu, o prefeito corrupto da fictícia Sucupira na novela O Bem Amado que Paulo marcou definitivamente sua vida artística.
O sucesso da novela foi tão grande que se transformou em seriado, onde no primeiro episódio Odorico ressuscitou após ter morrido no último capítulo da novela.
O Bem Amado foi a primeira novela colorida da televisão brasileira e foi a primeira a ser exportada. Antes, apenas o texto era comercializado.
Em 1980, Paulo comandou um programa de auditório – 8 ou 800.
Trabalhou em mais de 20 filmes, entre eles, Terra em Transe, de Glauber Rocha.
Em 2009, Gracindo Junior lançou o documentário Paulo Gracindo, O Bem Amado, onde a trajetória do ator é contada através de depoimentos de colegas e amigos ilustres e de um rico material de arquivo.
Uma das famosas frases de Odorico:
“Tenho o corpo fechado e lacrado, excetuado os orifícios que a natureza achou por bem deixar em aberto”.




Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS  em 19/10/2012

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