Lançado no
dia 16 de outubro, o livro Um Século de Paulo Gracindo - O Bem Amado é uma
homenagem do filho do ator, o também ator Gracindo Junior, em parceria com o
teledramaturgo Mauro Alencar, a um dos artistas mais populares que o Brasil já
teve.
Paulo
começou sua carreira nas maiores companhias de teatro dos anos de 1930 e 1940,
e foi locutor e apresentador de diversos programas musicais na época de ouro da
Rádio Nacional.
Foi nas
ondas do rádio que ele viveu Alberto Limonta, na novela O Direito de Nascer, um
clássico da dramaturgia. Também na Rádio Nacional, Paulo fazia parte do elenco
do programa Balança Mas Não Cai. Quando o programa foi para a televisão, o quadro
Primo Pobre, Primo Rico (Paulo era o primo rico), fez o mesmo sucesso que fazia
no rádio.
Na primeira
versão de Gabriela, Paulo viveu o Coronel Ramiro Bastos, papel que Antonio
Fagundes vive na montagem atual.
Foram muitos
personagens vividos por Paulo Gracindo na TV. Todos inesquecíveis.
O primeiro
papel de destaque foi o bicheiro Tucão, na novela Bandeira Dois. Em O Casarão
Gracindo Junior e o pai viveram João Maciel, com 20 e 50 anos, respectivamente.
Outro destaque foi o Padre Hipólito, de Roque Santeiro.
Mas foi como
Odorico Paraguaçu, o prefeito corrupto da fictícia Sucupira na novela O Bem
Amado que Paulo marcou definitivamente sua vida artística.
O sucesso da
novela foi tão grande que se transformou em seriado, onde no primeiro episódio
Odorico ressuscitou após ter morrido no último capítulo da novela.
O Bem Amado
foi a primeira novela colorida da televisão brasileira e foi a primeira a ser
exportada. Antes, apenas o texto era comercializado.
Em 1980,
Paulo comandou um programa de auditório – 8 ou 800.
Trabalhou em
mais de 20 filmes, entre eles, Terra em Transe, de Glauber Rocha.
Em 2009,
Gracindo Junior lançou o documentário Paulo Gracindo, O Bem Amado, onde a
trajetória do ator é contada através de depoimentos de colegas e amigos
ilustres e de um rico material de arquivo.
Uma das
famosas frases de Odorico:
“Tenho o
corpo fechado e lacrado, excetuado os orifícios que a natureza achou por bem
deixar em aberto”.
Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS em 19/10/2012
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