quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dorival Caymmi


Considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, Dorival Caymmi completaria 98 anos, se vivo fosse, no dia 30 de abril.

Autor de sucessos como Marina, Dora, Maracangalha, Copacabana, Saudade da Bahia, Rainha do Mar, Caymmi compôs, de acordo com o Dicionário Cravo Albim, cento e doze  músicas, sendo vinte e seis delas em parceria com João de Barro, Danilo Caymmi, Manuel Bandeira e outros.

Saiu da Bahia aos 23 anos e veio para o Rio de Janeiro para cursar direito e trabalhar como jornalista.

O sucesso veio quando uma empresa de cinema substituiu a música No Tabuleiro da Baiana, de Ary Barroso pela música O que é que a baiana tem?, de Caymmi, como tema para o filme "Banana da Terra". Foi um impulso para a carreira de Caymmi e a consagração de Carmem Miranda no cenário internacional.

Com o sucesso da música, Caymmi assinou seu primeiro contrato com a gravadora  Odeon.  A exigência de gravar duas músicas por mês não foi cumprida e Caymmi foi demitido por compor pouco, devagar.

A música João Valentão levou anos para ficar pronta. Os últimos versos levaram 9 anos para serem compostos.  Mas Caymmi compôs Maracangalha em 15 minutos.

- "É verdade que Caymmi compôs pouco mais de cem músicas, mas todas são obras primas. Quem é o compositor que pode se  dar  a esse luxo? Eu queria ser um preguiçoso assim", diz Caetano Veloso.

Caymmi casou-se com Stella Maris e teve três filhos  -  Nana, Dori e Danilo.
Para Nana, Caymmi escreveu Acalanto, uma canção de ninar que ela gravou em seu primeiro disco.

Nana defendeu a musica Saveiros,  do irmão Dori em parceria com  Nelson Motta e foi a vencedora da etapa nacional e a segunda colocada na final do I Festival Internacional da Canção, em 1966.

Danilo é o autor da musica Andança,  terceira colocada no III Festival Internacional da Canção em 1968.  Roberto Menescal chama a música de "rainha dos acampamentos, a Joana D'Arc da musica brasileira", pois onde tem uma fogueira e um violão, alguém canta Andança.

Dorival foi morador de Rio das Ostras na década de 1970, recebendo inclusive, o titulo de Cidadão  Riostrense.

Gostava de andar pela praia,  pescar e numa entrevista dada a revista Carta Capital, disse que Rio das Ostras e uma continuação de Copacabana,  bairro do Rio de Janeiro  onde morou até sua morte, em  2008.

Caymmi está eternizado em Itapoan, num busto na Praça Caymmi, e no Rio de Janeiro, numa estátua em tamanho natural no Posto 6, em Copacabana.
A escola de samba Estação Primeira de Mangueira homenageou Caymmi e venceu o carnaval de 1986, com o enredo sobre o cantor.

Além de cantor e compositor, Caymmi também era pintor.  O amor pela pintura foi uma constante em sua vida, tanto que sua mulher Stella ficou preocupada com a extrema dedicação dele pela arte e receava que abandonasse a música pela pintura.

Sua neta Stella, filha de Nana, escreveu O MAR E O TEMPO, uma declaração de amor para o homem que era chamado de "o deus do mar reencarnado"  por Paulo Cesar Pinheiro, pela sua cumplicidade com o mar, presente na maioria de suas canções.



Publicado no jornal O Debate - Rio das Ostras em 04/05/2012


2 comentários:

  1. Olá,
    Encontrei este blog enquanto procurava assuntos sobre o Dorival Caymmi. Muito bacana a postagem!
    Abraços,
    Lu Oliveira
    www.luoliveiraoficial.com.br

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  2. Olá,
    Boa postagem!
    Interessante o conteúdo.
    Abraços,
    Lu Oliveira
    www.luoliveiraoficial.com.br

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