Nascido em 1956, Miguel Falabella é um ser irrequieto.
Desde 1975, quando estreou sob a direção de Maria Clara
Machado, sua professora no Tablado, até os dias de hoje, Miguel não parou de
trabalhar como produtor, diretor, autor e ator de teatro e televisão,
No teatro, Miguel estreou em 1988, com a peça Sereias da
Zona Sul, ao lado de Guilherme Karam. Os dois atores receberam o prêmio
Mambembe de melhor ator. Como diretor de teatro, recebeu o prêmio Moliére pela
peça Emily, em 1994, e o Mambembe de revelação em direção. Recebeu também o
Mambembe de melhor autor pela peça Como Encher um Biquini Selvagem, que foi
transformado em filme – Polaróides Urbanas, dirigido por Miguel em 2008.
Escreveu A Partilha, peça que estreou em 1991, ficou 6 anos
em cartaz e foi montada em 12 países. Na Argentina, ficou 3 anos em cartaz, e
em Portugal recebeu o prêmio Estrela do Mar, um dos mais importantes do país.
Em 2001, a peça foi transformada em filme e recebeu o prêmio de melhor roteiro
no Festival de Cinema Brasileiro, em Miami.
Miguel foi apresentador do programa Vídeo Show por 15 anos.
Fazia a abertura das matérias, entrevistava convidados, respondia as cartas dos
telespectadores e encerrava o programa com a expressão Namastê (o Deus que
habita em mim, saúda o Deus que habita em você).
Seu primeiro personagem em novelas foi o médico Romeu, em
Sol de Verão de Manoel Carlos, em 1982. A novela teve cortes da censura e a
morte de Jardel Filho, um dos atores principais afetou o desenrolar da trama.
Outros papéis vieram, mas foi com o personagem Miro, na
segunda versão de Selva de Pedra, de Janete Clair em 1986, que Miguel passou a
ter maior projeção na televisão.
Dirigiu a novela
Sassaricando, de Silvio de Abreu em 1987.
Em Mico Preto (1990) Miguel fez três personagens ao mesmo
tempo. Na minissérie As Noivas de Copacabana (1992), viveu Donato Menezes, um
psicopata restaurador de artes, que seduzia e matava mulheres vestidas de
noiva. Fez também A Viagem (1994), Cara e Coroa (1995) e Agora é que são elas
(2003).
Como autor de novelas estreou em 1996, escrevendo com Maria
Carmem Barbosa Salsa e Merengue. A parceria ainda continuou em Sai de Baixo
(1996), A Lua me Disse (2005), Toma lá, dá cá (2007) e no livro Queridos Amigos
e Outras Peças. Miguel ainda escreveu Negócio da China (2008) e Aquele Beijo
(2011).
Miguel também circulou pelo carnaval. Desfilou por diversas
escolas de samba do Rio e São Paulo e foi carnavalesco da Império da Tijuca no
período de 1993 a 1996. Em 1995, a escola foi vice campeã do grupo de acesso,
indo para o grupo especial. Em 1997 foi carnavalesco da Acadêmicos da Rocinha.
Foi gestor da rede municipal de teatros do Rio de Janeiro (10
teatros e 6 lonas culturais – a maior do país) a convite do então prefeito,
Cesar Maia, em 2003.
Em 2007, Miguel abriu seu próprio teatro, no Norteshopping,
zona norte do Rio.
Miguel lançou o livro Vivendo
em Voz Alta em 2011, uma coletânea de crônicas escritas para o jornal O
Globo e para a revista Isto É. A orelha
do livro, escrita pela amiga Maria Carmem Barbosa diz “ler Falabella é tão bom quanto viver um
pouco ao seu lado”. Isso nos dá vontade de ler as crônicas e as frases de
efeito, escritas por Miguel, tais quais as frases ditas por ele nos capítulos
da novela Aquele Beijo, que tem seu capítulo final em 13/04/2012.
Publicado no jornal O Debate - Rio das Ostras em 13/04/2012
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