Seu nome é
sinônimo de festa. Por muitos anos teve o título de “rei da noite” e com um
currículo extenso voltado para o entretenimento do Rio de Janeiro, São Paulo,
Nova York e Paris, Ricardo Amaral escreveu o livro RICARDO AMARAL APRESENTA
VAUDEVILLE –MEMÓRIAS.
Aos 16 anos,
esse paulista de Perdizes, foi colunista social em São Paulo. Sua coluna tinha
o nome de Jovem Guarda e serviu para rotular o movimento musical formado por
Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e outros. Foi colunista do jornal Última
Hora, de Samuel Wainer. Em 1960, realizou no Teatro Record o I Festival de
Bossa Nova.
Em 1962, foi
expulso do país por incompatibilidade com o governador de São Paulo, Adhemar de
Barros, por citar em sua coluna as escapadas matrimoniais do governador.
Tornou-se correspondente do jornal em Roma.
Quando
retornou ao Brasil criou a RENTV, empresa que alugava televisores para hotéis,
hospitais e depois, para quem quisesse.
Como homem
da noite, criou em São Paulo o Hippopotamus, uma boate com filiais no Rio de
Janeiro, Salvador e Buenos Aires. A boate fechou em 2001 e hoje em seu lugar
está o Baronetti, sob o comando de seus filhos.
Além do
Hippo, como era chamado, Ricardo teve várias outras casas de shows – Papagaio,
Resumo da Ópera, Trash, Méli Mèlo, Alô Alô, Sucata, Mamão com Açúcar, Sal e
Pimenta, Banana Café, CT (com Claude Troigrois) e em Nova York, Club A e Alô
Alô.
Em 1965,
montou, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o primeiro drive-in do Brasil,
um boliche e o Drugstore, um bar-
restaurante onde se podia tomar chope, jantar, dançar e comprar os últimos
lançamentos em discos, sucesso total entre a juventude da época.
No Réveillon
em 1981, responsável pela programação do Golden Room do Copacabana Palace
fez a primeira queima de fogos na praia,
transformando num dos maiores eventos turísticos da cidade. No mesmo ano,
organizou o baile pré carnavalesco no Copa – O Baile das Panteras. Ricardo
havia escolhido a ganhadora, uma morena chamada Máira, mas, por interferência
da amiga Hildegard Angel, mudou de idéia e deu o título a Xuxa Meneghel. Seis
dias depois Xuxa conheceu Pelé.
Em 1991,
produziu o camarote da Brahma, no Sambódromo do Rio, onde uma “modelo” foi
fotografada sem calcinha ao lado do então presidente da República Itamar
Franco.
Montou a maior
casa de espetáculos da América Latina, Metropolitan, ao lado do Shopping Via
Parque na Barra da Tijuca, hoje Citibank Hall. A capacidade é de 10.000
pessoas.
Participou
de inúmeros projetos imobiliários – o shopping DownTown, na Vila Panamericana e
trouxe a rede hoteleira Ceasar Park para o Brasil.
Em 2003, em
parceira com a rede Sheraton de Hotéis, Ricardo deu início a uma nova fase com
um misto de hotel e residência em Macaé, no Norte Fluminense. Os 256
apartamentos foram vendidos em duas horas.
Amaral
revitalizou os bailes de carnaval em 2012, em trabalho conjunto com a
prefeitura do Rio e trouxe de volta a Feijoada do Amaral, evento que há 35 anos
faz parte do calendário da cidade, onde reuniu artistas e personalidades importantes
da cidade no Pier Mauá.
Casado com
Gisella há 45 anos, pai de Rick e Bernardo, Ricardo escreveu um livro
maravilhoso! Bom para recordar os anos de 1970, 1980 e 1990. Cheio de histórias
divertidas, com pessoas que fizeram história e contaram a história do país
nesse período.
Publicado no jornal O Debate - Rio das Ostras em 27/04/2012
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