quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ricardo Amaral


Seu nome é sinônimo de festa. Por muitos anos teve o título de “rei da noite” e com um currículo extenso voltado para o entretenimento do Rio de Janeiro, São Paulo, Nova York e Paris, Ricardo Amaral escreveu o livro RICARDO AMARAL APRESENTA VAUDEVILLE –MEMÓRIAS.
Aos 16 anos, esse paulista de Perdizes, foi colunista social em São Paulo. Sua coluna tinha o nome de Jovem Guarda e serviu para rotular o movimento musical formado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e outros. Foi colunista do jornal Última Hora, de Samuel Wainer. Em 1960, realizou no Teatro Record o I Festival de Bossa Nova.
Em 1962, foi expulso do país por incompatibilidade com o governador de São Paulo, Adhemar de Barros, por citar em sua coluna as escapadas matrimoniais do governador. Tornou-se correspondente do jornal em Roma.
Quando retornou ao Brasil criou a RENTV, empresa que alugava televisores para hotéis, hospitais e depois, para quem quisesse.
Como homem da noite, criou em São Paulo o Hippopotamus, uma boate com filiais no Rio de Janeiro, Salvador e Buenos Aires. A boate fechou em 2001 e hoje em seu lugar está o Baronetti, sob o comando de seus filhos.
Além do Hippo, como era chamado, Ricardo teve várias outras casas de shows – Papagaio, Resumo da Ópera, Trash, Méli Mèlo, Alô Alô, Sucata, Mamão com Açúcar, Sal e Pimenta, Banana Café, CT (com Claude Troigrois) e em Nova York, Club A e Alô Alô.
Em 1965, montou, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o primeiro drive-in do Brasil, um boliche e o  Drugstore, um bar- restaurante onde se podia tomar chope, jantar, dançar e comprar os últimos lançamentos em discos, sucesso total entre a juventude da época.
No Réveillon em 1981, responsável pela programação do Golden Room do Copacabana Palace fez  a primeira queima de fogos na praia, transformando num dos maiores eventos turísticos da cidade. No mesmo ano, organizou o baile pré carnavalesco no Copa – O Baile das Panteras. Ricardo havia escolhido a ganhadora, uma morena chamada Máira, mas, por interferência da amiga Hildegard Angel, mudou de idéia e deu o título a Xuxa Meneghel. Seis dias depois Xuxa conheceu Pelé.
Em 1991, produziu o camarote da Brahma, no Sambódromo do Rio, onde uma “modelo” foi fotografada sem calcinha ao lado do então presidente da República Itamar Franco.
Montou a maior casa de espetáculos da América Latina, Metropolitan, ao lado do Shopping Via Parque na Barra da Tijuca, hoje Citibank Hall. A capacidade é de 10.000 pessoas.
Participou de inúmeros projetos imobiliários – o shopping DownTown, na Vila Panamericana e trouxe a rede hoteleira Ceasar Park para o Brasil.
Em 2003, em parceira com a rede Sheraton de Hotéis, Ricardo deu início a uma nova fase com um misto de hotel e residência em Macaé, no Norte Fluminense. Os 256 apartamentos foram vendidos em duas horas.
Amaral revitalizou os bailes de carnaval em 2012, em trabalho conjunto com a prefeitura do Rio e trouxe de volta a Feijoada do Amaral, evento que há 35 anos faz parte do calendário da cidade, onde reuniu artistas e personalidades importantes da cidade no Pier Mauá.
Casado com Gisella há 45 anos, pai de Rick e Bernardo, Ricardo escreveu um livro maravilhoso! Bom para recordar os anos de 1970, 1980 e 1990. Cheio de histórias divertidas, com pessoas que fizeram história e contaram a história do país nesse período.









Publicado no jornal O Debate - Rio das Ostras em 27/04/2012





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